quinta-feira, 19 de maio de 2011

As novas tecnologias na educação e suas contradições

Ao ler uma entrevista no site da Revista Carta Capital esta semana, me deparei com os problemas enfrentados por professores em sala de aula quando o assunto é tecnologia. O título da matéria, “O medo de olhar para frente”, nos dá a impressão de que o tema é ainda um obstáculo a ser vencido pelos professores dentro das escolas. O que não deixa de ser uma verdade. No entanto, é preciso analisar quais são essas barreiras e as contradições que existem nessa relação: escolas/professores/alunos/políticas digitais.

O texto publicado no site trazia uma entrevista com um especialista em informática aplicada à educação. Segundo ele, os educadores e as escolas públicas estão despreparados para abrir as portas às políticas digitais em sala de aula. E com razão. Mas os motivos desse abismo entre escola e tecnologia devem ser melhor analisados.

A internet já faz parte da vida do ser humano e se tornou uma ferramenta imprescindível em nossa sociedade. No entanto, quando falamos de inclusão digital não estamos mais falando do acesso a um computador, ou à rede, mas sim de como as pessoas fazem uso dessa tecnologia.

As redes sociais, sites de compartilhamento de informação, entre outros, tornaram-se as portas de entrada para uma nova realidade. Mas, como a população está fazendo uso dessas ferramentas? Para o especialista da entrevista, o assunto é importante a ponto de ser abordado na grade curricular dos alunos da rede pública.

É evidente que a internet abriu as portas de um novo mundo para os jovens. É impossível fechar os olhos e ignorar essa nova plataforma de ensino que pode fazer maravilhas em sala de aula. Contudo, docentes ainda ignoram o assunto, por medo, ou, por este, não fazer parte do seu mundo pedagógico.

Ao invés de culpar professores e políticas públicas por esta falta de engajamento digital nas escolas é preciso realmente enxergar a realidade da educação básica oferecida pela rede pública. É claro que é importante o aluno aprender na escola como utilizar de forma correta essa ferramenta, entretanto, especialistas, antes de pregar esta tese, deveriam entrar em escolas para conhecer a atual realidade das mesmas e saber que, muitas vezes, os alunos necessitam de um ventilador, cadeiras, bebedouros, limpeza adequada, banheiros decentes e muito mais.

É extremamente contraditório querer que um aluno saiba utilizar uma rede social, quando o País é o 3º da America Latina em nível de analfabetismo, com 11,4% da população que não sabe ao menos escrever o nome. Podemos dizer ainda que 38% dos brasileiros podem ser considerados analfabetos funcionais, que sabem ler, mas não interpretar um texto.

É contraditório dizer que um professor precisa utilizar o Twitter em aula para ensinar o aluno a ser conciso, utilizando apenas 140 caracteres para expressar uma ideia, quando, a cada ano, jovens lêem cada vez menos jornais, revistas e livros. Devido à falta de leitura, os alunos escrevem menos, incentivar isso seria correto?

É contraditório fazer com que alunos visitem museus de forma virtual, quando ele não nunca foi a um museu de sua cidade ou teatro, por exemplo. Como fica a formação cultural desse cidadão?
Atualmente, apenas 5,8% do PIB é aplicado em educação, enquanto os países em desenvolvimento investem 15%. O que o Brasil aplica não consegue suprir o básico para limpeza, infraestrutura, e material didático, quem dirá uma demanda de computadores com internet com aulas em redes sociais.

Não tenho a pretensão de dizer que os alunos brasileiros devem ficar de fora desse novo método de ensino, mas é preciso construir primeiro o alicerce para, depois, pensar em subir o prédio.


Fontes:

O medo de olhar para frente - Revista Carta Capital
Analfabetismo funcional atinge 38% em pesquisa
O Analfabetismo

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O Caso Laura

Quanto dura uma vida? Será que viveremos por 60, 70, 100 anos, ou será que nossa existência pode simplesmente ser encerrada quando menos esperamos? Até que ponto podemos viver? Existe uma hora certa para partir? Partimos por vontade própria ou existe uma força maior que controla nosso tempo de vida na terra? Ao terminar de ler o novo livro de André Vianco, são estas as questões que pairam em nossa mente.

Diferente das outras obras do autor esta não envolve vampiros, muito menos terror. O Caso Laura é uma romance policial e sobrenatural que conta com 272 páginas de suspense muito bem escritas.

Abalada pela doença do pai e com um passado que lhe pesa na consciência, Laura encontra um pouco de consolo na amizade com Miguel, um homem com quem conversa diariamente em um banco de praça e cujas palavras funcionam como um bálsamo para seu coração dilacerado. Ao mesmo tempo, do outro lado da praça, um detetive, contratado por um desconhecido, vigia os passos de Miguel e Laura.

Paralelamente, acompanhamos a história de Alan, um investigador da Polícia Civil que nunca se recuperou da morte da mulher, assassinada durante uma troca de tiros em plena rua. Suspeito de quatro homicídios, o policial está na mira da Corregedoria e é observado de perto por Gabriela, a bela agente encarregada de verificar se ele é mesmo culpado. Juntos, eles acompanham o caso de Débora, uma viciada em drogas encontrada morta com o rosto desfigurado por golpes violentos.

Não importa o estilo literário, seja no terror ou no romance, Vianco consegue prender o leitor em todas as suas obras. Seu estilo próprio e original nos envolve em um mundo mais próximo, com características de cenários e linguagem tipicamente brasileiros.

Talvez, alguns leitores exigentes demais com a gramática não aceitarão seu estilo ousado e moderno de lidar com os diálogos no texto. Confesso que o jeito de escrever como se fala ainda não me agrada nas obras de Vianco. Mas as histórias fazem valer a pena.

Outra característica marcante nas obras de Vianco é o modo de contar diversas histórias, com diferentes personagens, em locais completamente diferentes e depois magicamente unir essas histórias em uma só fazendo total sentido. Isso é fascinante para o leitor, que fica tentando adivinhar a ligação entre cada capítulo.

E para quem se interessou pela história, pode esperar também para assistir nas telonas. O Caso Laura, lançado em 2 de abril já é um roteiro de filme, assim como sua obra A Casa, que já está em pré-produção.

Book Trailer de O Caso Laura



Outra novidade é a chegada de André Vianco à Editora Rocco. 

Confira aqui os lugares mais baratos para comprar O Caso Laura.

Sobre o autor

André Vianco é hoje o escritor brasileiro que mais conquista leitores de fantasia e terror.
Seus livros, com tiragens iniciais na casa dos 15.000 exemplares são lidos de norte a sul do país, começando a pipocar também fora do Brasil.
Vianco explora o sobrenatural e o imaginário popular com facilidade e entusiasmo, levando o leitor a uma viagem sem volta.

Vianco se dedica hoje, além de conceber novas histórias em forma de livro, em transportar suas narrativas para o cinema. Mas criatividade do escritor não pára por aí. Vianco também está envolvido em produção de histórias em quadrinhos, teatro e desenho animado. 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Um Sonho Possível. Será?



Um Sonho Possível (The Blind Side) é um daqueles filmes que, no começo, você acha que não vai virar. Se estiver em casa, olha para a cara de quem está ao seu lado e pergunta: Quer assistir outro? Mas não tire, fique mais um pouco e veja como ele é surpreendente. De repente ele te pega de uma forma incrível no meio da história e você não consegue mais sair.

Esse poderia ser mais um filme que relata a difícil vida de um jovem negro americano da periferia dos Estados Unidos, mas não é. O longa, baseado na obra literária de Michael Lewis, conta a trajetória do jogador de futebol americano Michael Oher e não deixa dúvida de que o esporte é um meio de superação para muitos.

Uma família rica e branca abre as portas de casa para um jovem pobre e negro morar. É a partir desse contraponto que se desenvolve o enredo. Michael agarra essa ajuda com unhas e dentes, e isso basta para que seu talento venha à tona e ele se torne um dos melhores quarterbacks do futebol americano.

Estrelado por Sandra Bullock, no papel que rendeu a ela o Oscar de melhor atriz, o filme é um daqueles que te faz sentir melhor por viver em um mundo onde existem pessoas dispostas a fazer o bem. Só que esse excesso de otimismo pode render críticas, pois simultaneamente a película trata de assuntos complicados, como racismo e pobreza nos Estados Unidos, de uma forma simplória. Não fosse baseado em uma história real, poderíamos dizer que a direção exagerou na dose de bondade.

A interpretação de Quinton Aaron (Michael Oher) é fantástica. Apesar de ser um personagem quase mudo e triste, suas expressões do começo ao fim do filme deixam claros seus sentimentos, como se ele realmente não precisasse falar para demonstrar seus pensamentos. Será difícil esquecer aquele olhar por um bom tempo.

Uma das coisas que chamam atenção é a ausência de uma boa trilha sonora, por mais triste que fosse, para dar um toque a mais no drama e marcar presença no filme.

O diretor John Lee Hancock parece gostar de filmes nesse estilo, pois segue a mesma tendência de Desafio do Destino (2002), história também real sobre Jim Morris, um jogador de baseball que lesionou o ombro em um acidente, e consegue se recuperar com a ajuda de seus alunos. No quesito bondade e superação, Hancock já provou que consegue impressionar.

O filme é uma mistura de superação, boa vontade e bondade, ingredientes básicos para provocar rios de lágrimas em alguns e tocar o coração de outros.

Acredito que esse é mais um daqueles longas que vamos ver e saímos da sala com a sensação de que podemos mudar o mundo. Infelizmente, a dose é superficial e essa vontade logo passa.

Por Juliana Fernandes

sexta-feira, 11 de março de 2011

Deu bode no bar

O bar é da Fátima, mas também é conhecido como bar do Seu João Gomes. Para os turistas, bar do Bode. O estabelecimento mais antigo do Monte Serrat na verdade não tem nome. Cada um chama como quer. E tem fama por ter um bode como principal “cliente”.

O bode Rouxinol é uma das principais atrações do bar. Há 10 anos os moradores compraram o animal para fazer uma buchada, mas, alguns vizinhos ficaram comovidos com o destino do bode e acabaram fazendo uma “vaquinha” para comprar Rouxinol. Desde então, ele vive em um quintal nas dependências do bar e é tratado por Fátima Gomes, a dona, que tem a ajuda dos vizinhos.

Aos domingos e em dias de jogos de futebol, o movimento do bar aumenta, para a alegria de Rouxinol, que além de se alimentar de galhos, folhas, papéis e cartazes, também recebe carinho e agrado de todos.
Mas não é somente Rouxinol que chama a atenção. O bar é o mais antigo do Monte Serrat. “Ele era do meu avô, João Gomes Faria, que passou para o meu pai, que tinha o mesmo nome. Agora eu o herdei”, conta Fátima. A data de construção do bar é incerta, mas a caixa d’água, que é original desde a fundação, registra o ano de 1903.

Localizado na metade da subida do morro, próximo à VI estação da Via Sacra, o bar oferece salgados e petiscos aos clientes, mas, a cerveja e a tradicional cachaça ainda são as mais pedidas.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Restaurante Let's Wok tem destaque na AT Revista

Nota publicada na editoria Programa Legal da AT Revista.


Let’s Wok inaugura primeiro restaurante em Santos

Release de inauguração da primeira loja da rede Let's Wok na Baixada Santista.
Serviço realizado em 20/01/2011.

Para saber um pouco mais sobre a parte de identidade visual do Let's Wok acessem o blog do designer gráfico Umberto Miller




Amantes da culinária saudável já podem comemorar a chegada de um novo restaurante em Santos. Trata-se do primeiro restaurante da rede Let’s Wok que será inaugurado no shopping Pátio Iporanga, no próximo domingo (23/01). Com a novidade surge na cidade um novo conceito de fast-food, o qual é possível equilibrar tempo e saúde.

O novo restaurante do shopping Pátio Iporanga tem 67m² e oferece um espaço agradável e moderno onde os clientes podem fazer suas refeições. Para quem prefere o estilo fast food também é possível levar sua comida para casa ou para o trabalho. Um dos diferenciais do restaurante é o estilo de cozinha com visual aberto, o que permite que o cliente veja seu prato sendo preparado na hora.
Além de ser uma opção mais rápida e saudável em meio a correria do dia a dia, o Let’s Wok oferece ainda um cardápio flexível, que permite mais de 5 mil combinações entre massas, arroz, vegetais e outros ingredientes. Com isso, a cada refeição é possível criar um prato diferente.

O que é Wok?
A Wok é uma panela de origem chinesa criada para agilizar o preparo da comida em uma época em que o carvão era escasso. Seu formato assegura o cozimento rápido e em alta temperatura dos alimentos, com uma quantidade mínima de óleo, mantendo o sabor e os nutrientes originais da comida.
Restaurantes de Wok já são tendências em vários países, no Brasil, esse novo estilo de cozinhar chega aos poucos.

Por que Santos?
O Let’s Wok surgiu a partir da ideia de João Luis Gomes, 31, e seu sócio Carlos Eduardo Marques Junior, 32, após viagens pela Europa. Juntos eles resolveram trazer para o Brasil um novo estilo de culinária rápida e saudável muito difundido pelos europeus.

Santos foi escolhida para receber o primeiro restaurante da rede por se tratar de uma cidade com um grande potencial turístico e com um crescimento constante. Outro fator importante para a escolha, segundo eles, foram as características da população santista em absorver coisas novas e diferentes.

Let's Wok
Endereço: Av. Ana Costa, 465
Pátio Iporanga – 2º Piso – Loja 411
Gonzaga - Santos

Alguns trabalhos que realizei durante período de estágio na Diretoria de Comunicação Corporativa da Usiminas

Algumas das peças de comunicação interna realizadas durante estágio na Usiminas.

Campanha Formare


Informes Quinzenais